Seul limpa rio poluído em tempo recorde
Mais barato e rápido, programa coreano virou
exemplo mundial
Eduardo Reina, O Estado de São
Paulo 15 de setembro de 2008
Cheonggyecheon e Tietê são muito
parecidos, quase primos. Dois rios que cortam duas grandes metrópoles, Seul e
São Paulo; dois rios extremamente poluídos, símbolos da degradação das cidades
e do desenvolvimento a qualquer custo. Ambos receberam milhões de dólares para
serem revitalizados. Aí começa a diferença: além dos milhares de quilômetros
que separam Cheonggyecheon e Tietê, um deles foi totalmente revitalizado em
apenas quatro anos e hoje tem cascatas, fontes, peixes, crianças brincando e
jovens se divertindo. Já o outro está há 16 anos esperando sua limpeza, sem
vislumbrar quando de fato isso irá acontecer.
O governo de Seul iniciou o que se
pode chamar de renascimento do Cheonggyecheon, no coração da capital
sul-coreana, em julho de 2003. Por sobre o fétido canal havia um enorme
viaduto, quase um Minhocão, que foi implodido. A revitalização integrou projeto
de nova política de transportes públicos para uma cidade sustentável.