Na Holanda, 80% dos resíduos sólidos são
reciclados, 16%, incinerados, e somente 4% destinados a aterros sanitários.
Desde 1970, o governo holandês e empresários investem em soluções ambientais
eficientes para um país que tem condições geográficas impróprias para o
desperdício do lixo. € 250 são cobrados, por ano, de cada residência
para que tenham um sistema de coleta e destinação eficaz. Há uma
associação nacional que auxilia as municipalidades, responsáveis diretas pela
remoção dos resíduos. E tanto o governo como
os produtores são encarregados de dar destinação adequada do lixo.
O relato foi apresentado
na terça-feira (10), na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), onde foi
realizado o seminário "Gerenciamento de Resíduos Sólidos: A Experiência
Holandesa".O evento teve a presença da ministra de Infraestrutura e Meio
Ambiente da Holanda, Melanie Schultz van Haegen-Maas Geesteranus, juntamente com representantes
da NL Agency, agência do Ministério de Assuntos Econômicos, Agricultura e
Inovação dos Países Baixos (Holanda). A comitiva
teve ainda integrantes da NVRD, uma associação nacional holandesa que auxilia
as municipalidades na administração dos resíduos, além de executivos de
diversas empresas daquele país que desenvolvem trabalhos com aproveitamento de resíduos.
As características geográficas da Holanda e o tamanho de
seu território impulsionaram a criação de alternativas para o aproveitamento do
material descartado. Cerca de 30% da área total da Holanda está abaixo do nível
do mar. Portanto, a escavação da terra para a criação de aterros é inviável em
boa parte do território. Além disso, por ser um país pequeno, os espaços
disponíveis tornaram-se cada vez menores desde o início do século passado.
Naturalmente, os custos associados aos aterros foram subindo progressivamente.
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