Frente Parlamentar Estadual da Coleta Seletiva
Coordenação: Deputado João Antonio (PT)
Assembléia Legislativa de São Paulo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Agrotóxicos: a agressão a saúde humana e ao meio ambiente



A agricultura brasileira tem feito uso de insumos químicos, principalmente de agrotóxicos, e isso acarretou uma serie de problemas ecológicos.Até os anos 50 as atividades da agricultura estavam direcionadas para geração de produtos (café e algodão, principalmente) para o autoconsumo da população residente no meio rural e alguns poucos núcleos urbanos, mas com o aumento da população urbana houve a necessidade de aumentar a produção agrícola para abastecer os centros urbanos, utilizando agrotóxicos para combater as pragas mesmo sem saber quais as conseqüências que poderiam ser geradas por estes produtos.
A contaminação de alimentos, poluição de rios, erosão de solos e desertificação, intoxicação e morte de agricultores e extinção de espécies animais, são algumas da mais graves conseqüências da agricultura química industrial e do uso indiscriminado de agrotóxicos largamente estimulados nos últimos 25 anos.Devido à contaminação ambiental e aos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, podemos também estimar que as populações residentes próximas a áreas de cultivo e os moradores urbanos também estão significativamente expostos aos efeitos nocivos destes agentes químicos.
Os agrotóxicos atuam de duas maneiras no comprometimento da saúde da população: através das intoxicações dos agricultores durante a aplicação desses produtos ou através do consumo de alimentos contaminados com resíduos de veneno. Além disso, os organoclorados (aldrin, clorobenzilato e heptacloro) são cancerígenos em animais de laboratório, ou seja, podem causar câncer.
A magnitude do impacto resultante do uso de agrotóxico sobre o homem do campo, no Brasil pode ser depreendida a partir dos dados do ministério da saúde. De acordo com estes dados, em 2003 houve aproximadamente 8000 casos de intoxicações por agrotóxicos, dos quais 30% foram observadas em áreas rurais. Estes dados, entretanto, não refletem a real dimensão do problema, ama vez que os mesmos advêm de centros de controle de intoxicações, situados em centros urbanos, inexistentes em varias regiões produtoras importantes ou de difícil acesso para muitas populações rurais.

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