Frente Parlamentar Estadual da Coleta Seletiva
Coordenação: Deputado João Antonio (PT)
Assembléia Legislativa de São Paulo

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Soluções permanentes para os problemas ambientais? Só mesmo com educação ambiental


A educação ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos e a sociedade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais presentes e futuros.” — Resolução da Unesco — 1987.
Vinte e quatro anos depois, podemos afirmar que pouca coisa mudou em relação ao que recomenda esta resolução tão importante para a consciência das pessoas e a sustentabilidade.
Educação ambiental é obrigatória em todos os níveis escolares na maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento e, no Brasil o é pela Lei 9.795, votada e aprovada pelo Congresso em 1999 como matéria transversal , pluralista e permanente. Apesar disto, o que se vê na hora de aplicar os princípios de conservação da vida nos bancos escolares, é diametralmente oposto ao que ocorre na realidade dos frenéticos mercados de bens de consumo e serviços.
A sociedade na sua busca pelo desenvolvimento, “sabe” dividir muito bem suas linhas de interesse: a produção dos bens de consumo e a oferta de serviços ocorrem em progressão geométrica, enquanto a consciência e o fundamento da preservação de recursos, do uso da água e da energia  — que deveriam ser conhecimentos permanentes e sustentáveis — ocorrem em progressão aritmética, comprometendo a vida no planeta de forma definitiva e inexorável.
Tudo que produzimos, consumimos e usamos, explorando os recursos naturais, tem origem no próprio planeta — a Terra é uma imensa nave, uma joia única e rara no universo, mas é um sistema fechado —, com exceção da energia solar que é abundante e vem de fora, todo o resto, significa degradação e perdas para o frágil sistema de vida aqui existente. Este princípio básico e elementar deveria ser o ponto de partida para mudarmos o pensamento das futuras gerações por meio da escola.
No entanto, o sistema de passagem de conhecimentos socioambientais praticado na grande maioria das escolas é incipiente, fraco e permissivo a ponto de nos levar a compará-lo aos períodos negros da história do homem em que a falta de conhecimento e discernimento eram garantia de longos e tranquilos reinados e impérios. Hoje, temos a nos dominar o império da ganância, do conforto e do desperdício para poucos, o império da miséria, da fome e da sede para a grande maioria e, o aquecimento global e o desequilíbrio ambiental para todos.
Só mesmo a formação permanente de cidadãos, com conhecimento e discernimento suficientes para colocar suas novas consciências a serviço da vida, pode dar nova cara à preservação e proteção ambientais e ao desenvolvimento sustentável. Isto (a consciência) será, na verdade, o divisor de águas na hora de recusar ações, da própria sociedade ou dos governos, que não contemplem uma gestão socioambiental correta.

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