Frente Parlamentar Estadual da Coleta Seletiva
Coordenação: Deputado João Antonio (PT)
Assembléia Legislativa de São Paulo

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cidade dos sonhos



Arquitetos e ambientalistas lançam mão da alta tecnologia para criar as cidades do futuro - 100% sustentáveis, com um elevado índice de qualidade de vida e o nostálgico apelo de retorno às origens




Há algo de verde no reino das megalópoles. Absolutamente convencidos de que o prazo 
de validade dos recursos naturais se encontra bem próximo do fim, as grandes potências 
estão se unindo para construir um mundo melhor. E os projetos que até há pouco tempo eram considerados meras curiosidades criadas por visionários começam a ser levados a sério. É o que vem acontecendo em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, China e Emirados Árabes.

A criação de megacidades sustentáveis e a busca de soluções criativas e viáveis para o problema foi a razão de ser da 7ª Conferência Internacional de Ecocidades, realizada em abril, em São Francisco, nos Estados Unidos. Organizada pelos cerca de 100 membros da Ecology Bilders, o objetivo foi abrir os olhos do mundo para um fato simples e preocupante que a maior parte das pessoas ignora ou evita encarar: neste exato momento, praticamente ninguém – por mais dinheiro ou poder que tenha – está morando e vivendo bem.
Responsável pela conferência, o arquiteto norte-americano Richard Register, que desde 1974 estuda soluções para cidades saudáveis, afi rma que a época dos paliativos já passou. Os “prédios inteligentes”, por exemplo, não são mais sufi cientes. Até porque a maior parte deles está sendo construída no lugar errado, longe do centro, alimentando nossa dependência do automóvel, que ele considera mais de 150 m para encontrar o transporte público sobre trilhos. Completadas as etapas iniciais das obras, Masdar receberá os primeiros moradores em 2009: serão cientistas, técnicos e acadêmicos, que vão testar as novidades e sugerir as correções, se forem necessárias.
Richard Register não precisará esperar mais um ano para identificar o único problema do projeto: o fato de ele ficar nos Emirados Árabes – o que considera um doloroso desperdício de petróleo – e, por suas características muito específicas, não poder ser usado em outros lugares. Ele acha bem mais útil e inspirador de soluções o mapeamento que a Ecology Bilders está fazendo para “reconstruir” a cidade norte-americana de Oakland, tornando-a no futuro um lugar onde os habitantes poderão se locomover confortável e preferencialmente a pé ou de bicicleta. Resumindo: para ele, mais importante do que criar ecocidades é começar a salvar as que já existem.
Ambicioso mesmo é um projeto chinês que fica a 25 km de Xangai. A vila de Dongtan, localizada na ilha fl uvial de Chogming, deverá se tornar a partir de 2010 a primeira cidade ecológica do mundo. Com 86 km2 (mais ou menos o tamanho de Manhattan), tem a assinatura da Arup, uma consultoria inglesa especializada em design e inovação. A idéia é criar até 2050 um paraíso não só para os futuros 500 mil habitantes como também para os pássaros migratórios, que fazem da região um ponto de parada na rota entre a Austrália e a Sibéria. Com os carros, as chaminés também foram banidas.
A energia virá de fontes renováveis, principalmente dos ventos e da biomassa da casca de arroz. Para dispensar elevadores, os prédios terão seis andares e foram planejados de modo a tirar o máximo proveito das condições naturais do clima. Energia solar e sistema de ventilação inteligente permitirão a economia de 66% de energia. A água e 90% dos resíduos sólidos serão reaproveitados. Ao sair de qualquer uma das casas, o morador estará a apenas sete minutos a pé dos transportes públicos e de toda a infra-estrutura urbana. Ou poderá ir de bicicleta – veículos motorizados, só os movidos a combustíveis limpos, como bateria e células de hidrogênio. A maioria dos alimentos também será produzida ali, em fazendas orgânicas, que, com as áreas verdes, ocupam dois terços de sua extensão total.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Programa Biosfera - Reciclagem de Copos Plásticos

Cooperativa de catadores é alternativa de renda


Política de gestão de resíduos sólidos prevê incentivos fiscais para cooperativas de catadores, impulsionando o setor de reciclagem e melhorando a renda de trabalhadores
A política de gestão de resíduos sólidos em discussão no Senado prevê incentivos fiscais para cooperativas de catadores e estabelece que os planos municipais devem, prioritariamente, criar projetos em parceria com essas associações. A expectativa é de que a nova legislação impulsione o setor de reciclagem e a atividade dos cerca de 1 milhão de catadores do país.
Criada há dez anos, a cooperativa 100 Dimensão, em Riacho Fundo II, uma das 30 em atividade no Distrito Federal, tem 200 associados e outros 400 em cadastro, aguardando a oportunidade de participar do negócio. No início, eram 27 moradores da localidade, que procuravam uma forma de vencer o desemprego.
No galpão da 100 Dimensão são processadas 120 toneladas de materiais por dia. Cada quilo é vendido para empresas de reciclagem por 50 centavos, em média. Segundo a presidente da cooperativa, Sônia Maria Silva, (boneco 103) a renda dos cooperados varia de 1 a 1,5 salário mínimo. A meta da cooperativa é multiplicar por quatro esse valor, por meio de novas parcerias e aquisição de maquinário de processamento.
– Se a gente tiver uma boa organização, dá muita renda. Se a gente trabalhar direitinho, tem jeito de sair da linha da miséria – afirma.
Sônia reclama da falta de incentivos para as cooperativas e da dupla tributação para a matéria-prima, já que o Imposto sobre Produtos Industrializados é cobrado na origem do produto e também depois, quando ele é reciclado.
A cooperativa tem dois caminhões para coletar os resíduos dos doadores – um shopping center, órgãos públicos e condomínios –, já que em Brasília a coleta seletiva sob a responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana ainda é incipiente. Apenas 8% do lixo gerado na capital são destinados à reciclagem.
Sônia faz uma recomendação básica aos cidadãos interessados em contribuir: separar o lixo seco do lixo molhado, além de destinar a matéria orgânica para compostagem.
A ex-diarista Domingas Jesus Farias, 50 anos, uma das sócias fundadoras da cooperativa (boneco 104), que trabalha na triagem de materiais, conta que teve a vida transformada: "para trabalhar com o lixo, a gente fez uma reciclagem em nossas vidas".
– Isso aqui para mim é divino. É meu paraíso. Tenho uma liberdade que nunca tive. Aqui a gente é dono do próprio negócio, e cada dia eu aprendo mais. É uma coisa maravilhosa, a gente sabe que está trabalhando pelo meio ambiente e está limpando a cidade – afirma.
A renda com a atividade chegou a cerca de R$ 800 por mês, mas nos últimos meses caiu pela metade. A crise financeira internacional teve grande impacto sobre o valor dos resíduos para reciclagem.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o preço do quilo de plástico de garrafas PET, por exemplo, caiu de R$ 1,20 para R$ 0,35.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

São Paulo tem jeito???


por Yuri Vasconcelos



Quem mora em São Paulo sente na pele o que é viver numa cidade cheia de problemas ambientais: ar muitas vezes irrespirável, enchentes, lixo nas ruas, congestionamento, degradação nos rios, invasão de áreas de mananciais, ausência de espaços verdes. As agressões tanto à natureza quanto aos moradores da cidade parecem não ter fim – e nem solução. Na verdade, as soluções existem. E todas começam no mesmo lugar: numa mudança na forma de encarar os problemas. Em vez de vê-los isoladamente, é preciso descobrir de que maneira eles se relacionam e, então, buscar soluções sistêmicas. Ou seja, para usar uma imagem da medicina, São Paulo precisa passar pelas mãos de um clínico geral antes que os especialistas entrem em ação.
O fantasma das enchentes, por exemplo, é resultado da sujeira nas ruas, da ocupação irregular do solo (principalmente em zonas de mananciais) e da falta de parques. A poluição do ar, por sua vez, é gerada pelos 3,5 milhões de automóveis que circulam diariamente ocupando as ruas da cidade e dando um nó no trânsito. E o rio Tietê está como está porque não param de jogar lixo e esgoto dentro dele. “São Paulo cresceu dentro da lógica da desordem”, diz a urbanista Raquel Rolnick, do Instituto Pólis. Dar um fim em tudo isso é um tremendo desafio. Depende, em grande parte, de governos mais comprometidos com a saúde da cidade e de seus habitantes. Mas depende, também, e sobretudo, de uma mudança na atitude da população frente aos problemas da cidade. Afinal, se São Paulo é como um organismo, tanto a mente quanto o corpo precisam estar afinados. Ou seja: administração e moradores devem estar comprometidos com a qualidade de vida da cidade onde vivem.

Poluição das águas
Mais vergonhoso cartão-postal de São Paulo, o rio Tietê corre como um esgoto a céu aberto pelas entranhas da cidade. A causa são as mais de 1 000 toneladas de esgoto in natura e lixo despejadas dia e noite em seu leito. Algo parecido acontece no rio Pinheiros. Nas represas Billings e Guarapiranga, os principais reservatórios de água da capital, o problema são as favelas e os loteamentos irregulares dos entornos. O quadro é desalentador mas pode ser revertido. O Projeto de Despoluição do Rio Tietê, por exemplo, iniciado em 1992, prevê uma série de obras de saneamento que podem trazer alívio para os mananciais de São Paulo. Se for cumprido tudo o que está programado, em algumas décadas os paulistanos vão poder se refrescar com um banho em suas águas limpas.
Na verdade, a primeira etapa da recuperação foi finalizada em 1999. Cerca de 1,1 bilhão de dólares foram gastos para limpar o caldo denso, escuro e malcheiroso que corria no lugar da água. A rede de esgotos da cidade ganhou 1 780 quilômetros de tubos coletores, o que elevou para 80% o total da população atendida pelo serviço – antes era de 63%. Três novas estações de tratamento (Parque Novo Mundo, Barueri e ABC) foram construídas, fazendo com que 60% do esgoto seja tratado antes de voltar para o rio. Além disso, as 1 250 indústrias mais poluidoras da região metropolitana tiveram que reduzir drasticamente a sujeira jogada no Tietê. O rio Pinheiros também foi contemplado. Um emissário recém-inaugurado beneficiou dois milhões de pessoas e desviou para a Estação de Tratamento de Barueri 84 toneladas que eram lançadas diariamente em seu leito.
Para quem mora na cidade de São Paulo, a melhoria na qualidade ainda não é perceptível. No interior do Estado, porém, a mancha de poluição encolheu mais de 50 quilômetros. Quando a segunda etapa do projeto ficar pronta, em 2004, os avanços finalmente aparecerão aos olhos. O então Tietê terá 2 miligramas de oxigênio por litro – hoje é zero – e já será possível encontrar algumas espécies de peixes nadando no trecho que corta a região metropolitana. O mau cheiro também vai sumir. Para que isso se torne realidade, a rede de coleta de esgotos ganhará 1 000 quilômetros de canos, elevando para 90% a população atendida. Nas indústrias, o índice de tratamento de dejetos subirá para 70% e 290 indústrias terão que reduzir seus níveis de emissão de poluentes. Na parte final do projeto, 100% da água que chega ao Tietê precisará ser tratada. Se tudo der certo, em 30 anos o rio Tietê estará limpo.

Vantagens ambientais e econômicas no uso de borracha em asfalto
 por GABRIELA DI GIULIO


Há pelo menos seis anos os brasileiros trafegam por trechos de rodovias que utilizam o chamado asfalto-borracha. Estima-se em mais de 2,5 mil km de estradas cobertas pelo produto em todo o país, uma tecnologia bastante disseminada nos Estados Unidos mas ainda uma novidade por aqui. Para ampliar a pavimentação com borracha nas rodovias brasileiras é preciso investir mais em pesquisas visando, principalmente, o barateamento da tecnologia, que ainda custa 50% a mais que o asfalto comum. Seria preciso, também, maior conscientização sobre a importância da reciclagem de pneus usados e incentivos para isso, principalmente em países como o Brasil, em que o transporte rodoviário é predominante. Anualmente são geradas cerca de 35 milhões de carcaças de pneus e há mais de 100 milhões de pneus abandonados no país que, reciclados, podem ser utilizados na pavimentação das estradas.


O primeiro impacto positivo no uso de borracha em misturas asfálticas está no ambiente, pois a restauração de pavimento com esse tipo de asfalto pode usar até mil pneus por quilômetro, o que reduz o depósito desse material em aterros ou fora deles, diz o pesquisador Luciano Specht, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). No entanto, outras vantagens ainda superam o ganho ambiental: aumento da vida útil do pavimento, maior retorno elástico, maior resistência ao envelhecimento precoce por oxidação do cimento asfáltico de petróleo e às intempéries e, ainda, maior resistência às deformações plásticas, evitando, assim, trilhas de rodas indesejáveis. Estas são algumas das qualidades do produto elencadas pelo engenheiro José Roberto Ometto, diretor de engenharia da Concessionária Colinas, empresa que implantou a restauração com esse tipo de asfalto, em regime experimental, em dois trechos das rodovias que administra.


"A Colinas optou por estudar essa tecnologia visando agregar as vantagens do asfalto-borracha ao seu sistema rodoviário", diz Ometto. Para isso, conta com parcerias com a Universidade de São Paulo (USP), e as empresas Falcão Bauer, Petrobras e Greca Asfaltos. O primeiro trecho a receber o novo pavimento, em setembro de 2002, foi a rodovia SP 075, entre os quilômetros 18 e 19 (pista sul) — a chamada Rodovia do Açúcar. A escolha se deveu ao grande volume de veículos que passam pelo local diariamente. "Além disso, a rodovia tem uma vocação de tráfego pesado, o que confere uma solicitação de considerável desempenho e performance ao pavimento", explica o diretor. O outro trecho que recebeu a aplicação em agosto de 2005 foi a SP 127, entre os quilômetros 101 e 105 — na Rodovia Antonio Romano Schincariol.
A idéia, segundo Ometto, é analisar as curvas de desempenho dessas misturas com asfalto-borracha — com análises dos trechos experimentais e estudos em laboratório — para que a equação desempenho x custo torne viável a adoção desse tipo de asfalto. Por enquanto, os resultados obtidos pela concessionária têm sido positivos. "O desempenho e a aceitação por parte dos usuários têm sido excelentes para os dois trechos", diz.
A boa receptividade tem sido comprovada também pela empresa Greca Distribuidora de Asfaltos Ltda. Como umas das primeiras a usar o asfalto-borracha em rodovias brasileiras, a empresa já aplicou a técnica em quase 2 mil km de pavimentação, com resultados animadores, garante o engenheiro Armando Morilha Junior, diretor técnico da Greca.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vídeo 7 Bilhões: O Crescimento Populacional Humano


Um dos Mais Belos textos lidos pelo homem, sobre a sabedoria Indígena


Em 1985, o presidente dos Estados Unidos Franklin Pierce tentou convencer o Chefe indígena de Seattle a vender suas terras, prometendo uma reserva para seu  povo. Em resposta o chefe indígena enviou uma carta ao presidente que se tornou famosa em todo o mundo. Seu conteúdo mostra que os povos indígenas reconhecem-se como parte da natureza, e reflete a profunda sabedoria de seu povo em questões relacionadas ao meio ambiente e à preservação ambiental. Talvez esta carta precise ser enviada novamente para Washington, e  para  todos os governantes do mundo.

Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós. Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo. Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo, é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória e a experiência do meu povo. A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da Terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, a grande águia, estes são nossos irmãos. Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer quequer comprar nossa terra, ele pede muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar onde poderemos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra. Mas não vai ser fácil. Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não é simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais.Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Queimadas prejudicam o meio ambiente e a saúde humana


Ainda é comum a ocorrência de queimadas e incêndios florestais no Tocantins nesta época do ano, sobretudo por fatores climáticos (ventos e calor) e pelo uso indiscriminado do fogo. Fazer uma queimada sem controle pode causar sérios prejuízos à fauna e flora, reduzindo a cobertura vegetal, diminuindo a fertilidade do solo e comprometendo a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde humana, provocando vários tipos de doenças, principalmente respiratórias.
De acordo com dados atualizados do Inpe – Instituto de Pesquisas Espaciais o Estado do Tocantins está ocupando o 2º lugar no ranking das queimadas com 1756 focos de calor, em 1º lugar o estado de Mato Grosso com 3053 e em 3º lugar vem o estado da Bahia com 1248 focos.
Um dos motivos que contribuiu para que o Estado ocupasse o segundo lugar foi o incêndio florestal que começou no final do mês de junho no Parque Nacional do Araguaia localizado ao norte da ilha do Bananal, entre os Rios Araguaia e Javaés. De acordo com o ICMbio o incêndio já está controlado e foi causado de forma natural, pois ocorreu em cima da serra e não em seus arredores.
Mais um dos principais motivos são produtores rurais que pelo visto ainda estão deslumbrados com a descoberta do fogo e não procuram o órgão ambiental competente para realizar a queima controlada com aceiros planejados, incluindo equipamentos adequados, mão de obra treinada e medidas de segurança ambiental conforme manda a lei.
Outro motivo não menos importante, são os incêndios criminosos aqueles causados na nas margens de rodovias que se alastra rapidamente com os ventos fortes. Causando acidentes dificultando a visão dos motoristas que trafegam nesta época de temporada de praias pelo Estado.
Segundo o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Antônio Santiago, a prática de se fazer queimada é uma questão cultural, que acontece há milhares de anos, mas que a população pode fazer a sua parte tomando atitudes simples como não colocar fogo no lixo doméstico e fazer aceiros ao realizar queimas em áreas rurais para preparo de solo para plantio, atividade que deve ter autorização ambiental. “O principal problema das queimadas é que elas podem acabar com a biodiversidade, matando plantas, animais e os microorganismos fundamentais para o equilíbrio ecológico”, alertou o diretor.
Conforme a engenheira ambiental e inspetora de recursos florestais do Naturatins Polliana Gomes, nas áreas rurais as queimadas diminuem a fertilidade dos solos, tornando as lavouras menos produtivas, e comprometem a qualidade da água, pois destroem as matas ciliares que são a proteção dos rios, riachos, córregos e ribeirões, contribuindo para a ocorrência de seca e a baixa unidade relativa do ar. “Estudos científicos comprovam que as queimadas são a segunda maior causa para o aumento do efeito estufa e do aquecimento global”, lembrou a inspetora.
Nas cidades as queimadas, geralmente, ocorrem de forma criminosa ou acidental como, por exemplo, quando uma pessoa joga pontas de cigarros em terrenos baldios. Algumas pessoas também utilizam o fogo na queima de lixo doméstico e limpeza de lotes baldios e com os ventos fortes, comuns nesta época do ano, as chamas se espalham causando danos ao meio ambiente e até às redes elétrica e telefônica.
“O fogo também acaba levando para dentro das residências, cobras, escorpiões, aranhas, ratos, entre outras espécies que fora do seu habitat natural, que podem causar acidentes aos seres humanos”, explica o biólogo do Naturatins Marcelo Barbosa.
A fumaça e a fuligem também causam problemas. Diminuem a qualidade do ar provocando doenças respiratórias, como asma e renite, atingindo principalmente, crianças e idosos, e às margens das rodovias podem diminuir a visibilidade dos motoristas e provocar acidentes graves.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Benefícios da Reciclagem


Sabe-se que a reciclagem traz inúmeros benefícios, tanto para o meio ambiente quanto para o próprio ser humano (único responsável pelo acúmulo de lixo no planeta). Dentre eles pode-se citar:
A diminuição e a prevenção de riscos na saúde pública: Os resíduos não são destinados a lixões ou aterros sanitários com a reciclagem e, portanto, não contaminam o solo, os rios e o ar, que indiretamente causariam doenças, e também não favorecem a proliferação de agentes patogênicos (que causam doenças diretamente);
A diminuição e a prevenção de impactos ambientais: Tanto os resíduos não degradáveis como os degradáveis, ou orgânicos, por sua enorme quantidade, não são assimilados pelos organismos decompositores, persistindo nos solos e nos corpos hídricos por longos períodos, impossibilitando ou dificultando a sobrevivência de inúmeros seres vivos e, por conseqüência, causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas da Terra;
A diminuição e a prevenção da exploração dos recursos naturais: Com a volta dos materiais ao ciclo produtivo, não é necessário que novos recursos naturais sejam utilizados;
Vantagens econômicas:
Economia de recursos naturais
Diminuição de gastos: na limpeza urbana, no tratamento de doenças, no controle da poluição, na construção de aterros sanitários, na remediação de áreas degradadas, com a energia elétrica (necessária para gerar produtos a partir de matéria prima bruta), entre outros.
Geração de empregos, tanto para a população não-qualificada quanto para o setor industrial;

Inclusão e Interação Social

A oferta de emprego e renda para a população desprivilegiada permite que estas pessoas sejam retiradas das condições sub-humanas de trabalho que tinham nos lixões e nas ruas e serem vistas como agentes sociais que contribuem com a limpeza da cidade e a conservação do meio ambiente. Por outro lado estão as pessoas que fornecem o material reciclável que podem ser vistas como solidárias e participativas nos programas de Coleta Seletiva e reciclagem. Assim, ambos os grupos estão exercendo a sua CIDADANIA;

Educação Ambiental

As centrais de triagem, os aterros sanitários, as indústrias de reciclagem e compostagem, bem como cada ponto de geração de resíduos, servem como instrumentos para a formação e a educação ambiental de crianças, jovens e adultos, pois são locais onde é possível vivenciar e discutir na prática os conceitos sobre temas relacionados.
Com a prática da reciclagem as pessoas observam resultados imediatos e mensuráveis de sua ação na busca pelo desenvolvimento sustentável e conservação dos recursos naturais, promovendo a expansão deste compromisso às pessoas à sua volta e também a elas mesmas (contribuindo sempre na resolução deste, e até de outros problemas ambientais);
Possibilidade de maior institucionalização pelo Poder Público e Privado: Aos poucos a reciclagem está cada vez mais sendo praticada e difundida em todo o mundo, apesar de ser informal na maior parte das vezes. Assim, as empresas e as políticas públicas poderão se adequar às demandas e exigências da população progressivamente, de forma a, respectivamente, gerar mais produtos recicláveis e reciclados e criar normas e regras gerais para que esta atividade seja suficientemente abrangente, atingindo mais hábil e seguramente o tão falado DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pensar Globalmente e Agir Localmente

O tema do projeto “Pensar Globalmente e Agir Localmente”, ojetiva a necessidade de incentivar a população através dos meios de comunicação, a ter e manter hábitos e atitudes ambientais, que gradativamente irão colaborar com a preservação do meio ambiente.
Como fundamentação, pode-se afirmar que Vacaria tem 100% do seu perímetro urbano atendido por sua coleta convencional e seletiva, cada habitante produz 500g de lixo por dia, o que gera uma produção de 30 toneladas de lixo por dia, mas desse total apenas 15 %, ou seja 4,5 toneladas é destinado a coleta seletiva, podendo ser aumentado se a população criar hábitos de conscientização seletiva, essa é uma das razões do projeto, mas a coleta seletiva conta também com a ajuda da associação dos catadores de lixo São Francisco, que triam aproximadamente 4,5 mil quilos de material reciclado por dia, trabalhando em um sistema associativo, com mais ou menos 12 pessoas.
A preservação dos arroios municipais é algo preocupante, pois estão mortos, sendo necessárias duas medidas urgentes e simples para a despoluição dos rios Uruguaizinho e Carazinho, a primeira é a obrigatoriedade de fossas sépticas e filtro anaeróbico em todas as residências, comércios e industrias e a segunda é a efetividade da fiscalização da limpeza da fossa e do filtro, além da medida principal que é a conscientização da comunidade em não jogar lixos nem resíduos nos arroios. 
Além desses dados convém afirmar que a cidade dispõe de reservas ecológicas e que a maioria da população não tem conhecimento da existência, como o Parque do Ibitirá, Parque Ecológico Estadual, que está em período de apropiação e Parque Sinval Guazzeli. 
Tendo em vista que a educação ambiental juntamente com a comunicação tem capacitação e sensibilização para a temática ambiental. As atividades propostas utilizam-se de elementos pedagógicos e da realidade sócio-ambiental, que provocam informação, encorajamento e consciência de que se têm o poder para influir nas coisas.

fonte: clique aqui.

A Silenciosa Poluição Visual


Paredes pichadas, ruas cheias de placas de propaganda , chamadas de cartazes, umas por cima das outras, faixas nos postes .Tudo isto é responsável pela poluição visual.Essa forma de poluição não causa problemas de saúde, mas enfeia o ambiente, deixando-o

paredes pichadas, ruas cheias de placas de propaganda , chamadas de cartazes, umas por cima das outras, faixas nos postes .Tudo isto é responsável pela poluição visual.Essa forma de poluição não causa problemas de saúde, mas enfeia o ambiente, deixando-o sujo e bem menos repousante, piorando a qualidade de vida.
Exemplos disso são : a utilização da fachada frontal ou lateral de edifícios como espaço publicitário, a fixação de cartazes imensos que impedem a utilização de janelas, a instalação de painéis digitais em pontos que dispersam a atenção de motoristas e panfletos e cartazes que inundam as ruas em época de eleição.
Um tipo particular de poluição visual é a luminosa.Á primeira vista não parece, mas ela existe e, em excesso, causa diversos prejuízos.A iluminação dos grandes centros urbanos é feita de qualquer maneira e com desperdício de energia, esse tipo de iluminação diminui a transparência da atmosfera, prejudicando a visão do céu noturno e atrapalhando o sono das pessoas que moram em frente aos luminosos.
A poluição luminosa pode ser definida como sendo qualquer efeito adverso causado ao meio ambiente pela luz artificial excessiva ou mal direcionada. Um desses efeitos, que prejudica ou mesmo impossibilita totalmente o trabalho dos astrônomos, é o fulgor do céu noturno, percebido principalmente sobre as cidades, mas não se limitando a essas áreas, já que a interferência que algumas aglomerações urbanas causam pode ser notada a centenas de quilômetros de distancia.
Fazendo um levantamento da iluminação artificial noturna em nossas cidades, podemos perceber facilmente o enorme desperdício de luz causado por luminária que lançam grande parte de sua luz para cima, paralelamente ao solo ou para além da área útil.São os postes da iluminação das ruas, os das praças, em forma de globo esférico, os refletores das quadras de esportes, estacionamentos, canteiros de obras, clubes, aeroportos , etc.
Se cada dispositivo de iluminação fosse criado com o cuidado de aproveitar toda a luz gerada, dirigindo-se para baixo, os níveis de poluição luminosa cairiam mais de oitenta por cento.
Fonte: Meio Ambiente em Jornal - A Voz da Natureza

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Lixo mata tartarugas marinhas nas praias no litoral de SP


Restos de bitucas de cigarro, copos plásticos, linhas, chicletes e até camisinhas. Esses são apenas alguns dos dejetos retirados do estômago de 50 tartarugas marinhas encontradas mortas nas praias da região.

A triste e alarmante constatação é revelada no estudo realizado por Aline Ormedilla e Thais Benedicto, alunas do curso de Biologia Marinha da Universidade Santa Cecília (Unisanta). A pesquisa tem apoio da organização não governamental (ONG) Gremar – Associação de Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos.
“O resultado é chocante. Sabíamos que esses animais comem o lixo que vai parar no mar. Mas ainda não tínhamos noção de quão cruel é a ação do homem”, avalia a coordenadora técnica da Gremar, Andrea Maranho. O objetivo do trabalho é alertar autoridades e a população sobre a importância da preservação ambiental. “Queremos mostrar do que a ação do homem é capaz”, diz Aline.
Após concluída, a Gremar pretende expor a pesquisa. “As pessoas precisam entender que o lixo que se joga na praia, no rio e na rua pode matar os animais marinhos porque esses dejetos vão parar no mar e, como mostra a pesquisa, no estômago das tartarugas”, explica Andrea.
Trabalho
No Centro de Reabilitação de Animais Marinhos mantido pela Gremar, na Ilha dos Arvoredos, em Guarujá, as tartarugas foram submetidas a necropsia para retirada do material encontrado no estômago e das fezes no canal retal. “Lavamos tudo e peneiramos, para separar o lixo das matérias orgânicas, que são restos de algas, parasitas e folhas de árvores”, descreve Thais.
Para a supresa das estudantes e dos biólogos da Gremar, muitos tipos de objetos plásticos foram encontrados no interior dos animais. “Elas (estudantes) acharam até óculos de boneca Barbie”, cita Andrea.
As universitárias armazenaram em embalagens distintas o conteúdo retirado de dentro de cada animal. “Ainda vamos catalogar os tipos de plástico e, depois, pesá-los”, conta Aline.

Dialogo com os Professores e Educadores

Para muitos professores e diretores, trabalhar a Educação Ambiental não é tarefa fácil! E mais delicada ainda é a incoerência que existe, muitas vezes, neste tipo de trabalho, uma vez que algumas atividades incentivam ainda mais o consumo desnecessário, não abordam questões mais abrangentes e, tampouco geram reflexões e mudanças de valores. 

Como exemplo, podemos citar as coletas seletivas: de que adianta ter em toda a escola diversos contêineres de cores diferentes distribuídos se o aluno mal sabe o porquê daquilo? E mais ainda: se o próprio funcionário encarregado pela limpeza não sabe nem vê o porquê de tal ação? A título de informação, um papel, para ser reciclado, não pode estar amassado e, tampouco, sujo. E aí, a pergunta: de que adianta ter no pátio um lixo destinado a papéis para reciclagem se a informação de que aquele guardanapo que envolveu o pastel que o garoto comeu no lanche (e jogou naquele recipiente com uma imensa boa vontade) não poderia ser jogado lá? E para quê, se a senhora da limpeza despeja o conteúdo de cada contêiner no mesmo saco preto? 

Mais um exemplo, também comum em escolas, é o dia da reciclagem de papéis, algo parecido com uma gincana na qual os alunos da turma que levarem mais deste material ganharão, por exemplo, um lanche. De repente, uma turma ganha a gincana – contando com a ajuda do pai de um aluno que é figura importante do jornal local e levou ao colégio centenas de jornais inteiros, publicados exatamente naquele dia... 

Cabe a seguinte reflexão: será que os méritos que fez da turma vencedora são, de fato, méritos? Será que não houve, sim, um grande desperdício desnecessário em cima de uma aparente boa idéia? 

E, nesta linha, podemos citar muitos exemplos de boas idéias, mas que poderiam ser, de fato, excelentes ações. Sob esta ótica, vale lembrar que alguns dos princípios desta abordagem estão na relação entre conteúdos, entre as pessoas, na percepção que todos fazemos parte de um sistema uno, na solidariedade, no reconhecimento de que não precisamos de tanto quanto achamos que precisamos, na mudança de paradigmas e valores, etc., como uma tentativa de sairmos da crosta do egoísmo e pensarmos também no que está ao nosso redor e que, surpreendentemente e quase poeticamente, é parte de todos nós! 

Por que não otimizar essas atividades, aprofundar, ponderar e discutir questões? Por que não explicar aos responsáveis da limpeza quão importante é fazer esta separação de materiais e quão importantes estão sendo para aqueles que serão beneficiados diretamente, indiretamente e ao planeta? Por que não incentivar o aluno a fazer a reciclagem em casa e distribuir a associações ou mesmo combinar com um coletor de recolher este material com determinada freqüência? Não seria mais substancial? Mais ainda: para que essas atividades se o mais importante, que é frisar que a reciclagem, seria uma das últimas alternativas para uma vida, digamos, “ecologicamente correta”, não é feito? Lembra-se do famoso “3R”: “reduzir”, “reutilizar”, “reciclar”? Pois é: dentro de cada instância desta, há muito o que se discutir, rever e trabalhar. 

Portanto, educador, muito cuidado: o meio ambiente está “em alta”, mas um bom educador não deve fazer deste fato um trabalho vazio, só para constar nos projetos políticos pedagógicos das escolas e em seus currículos. 
fonte Brasil Escola

Pearl Jam - Do The Evolution

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Coleta Seletiva na Copa de 2014


Logística reversa para o setor de embalagens começará pelas cidades-sedes do campeonato mundial. Elas são responsáveis por produzir 35% dos resíduos sólidos urbanos do País.
Melissa Silva
As doze cidades brasileiras escolhidas para sediar a Copa de 2014 e suas regiões metropolitanas são responsáveis pela produção de 35% dos resíduos sólidos urbanos do País, algo em torno de 91 mil toneladas de lixo geradas por dia. É por essas cidades que os empresários do setor de embalagens propõem começar a logística reversa de seus produtos, excluídas as embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes que terão modelagem específica de devolução ao ciclo produtivo.

Desde maio os grupos do Comitê Orientador da Logística Reversa da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) trabalham na elaboração dos editais de chamamento das cinco cadeias produtivas definidas como prioritárias pelo próprio Comitê Orientador da PNRS: embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes; eletroeletrônicos; descarte de medicamentos.
A previsão é que os editais  de algumas categorias sejam publicados até dezembro deste ano. Com isso as empresas e indústrias envolvidas serão convidadas a apresentar suas propostas de logística reversa, de forma a compor o acordo setorial de cada uma das cadeias.
No caso das embalagens, a proposta está adiantada e uma coalizão de 15 associações do setor liderada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) sugere que a cadeia preste todo o apoio para implantação eficaz de coleta seletiva nas cidades-sede da Copa, inclusive com recursos, fortalecendo todo o sistema, desde a educação do consumidor que precisa mudar o comportamento e começar a separar os resíduos domiciliares, incluindo os investimentos necessários para estruturação das cooperativas de catadores que deverão participar em parceria com os serviços de limpeza urbana para recolhimento separado dos resíduos.
"Sabemos que grande parte das embalagens está nas casas das pessoas, que as descartam no lixo comum, até por que a coleta seletiva funciona em apenas 18% dos municípios, mas a separação precisa começar com o consumidor", alerta o representante do Cempre, Victor Bicca.
O Cempre reúne 75% dos representantes da cadeia de embalagens e conta com a associação de empresas líderes nos mercados de PET, plástico, latas, cerveja, bebidas não alcoólicas, refrigerantes, alimentos, massa, chocolate, óleo vegetal, papel e celulose, higiene pessoal e cosmético e limpeza doméstica. Além disso, estão em negociação avançada com associações do varejo supermercadista e de vidro, ambas interessadas em compor o acordo.
Na visão deles a meta de logística reversa para as embalagens deve ser global para a cadeia e não por segmento separadamente (plástico, lata, papel, etc.). Ainda propõem que o índice esteja atrelado à fração seca de lixo reciclado e não ao percentual de embalagens coletadas por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, que são os atores envolvidos na questão da responsabilidade compartilhada estabelecida pela Política, no que se refere à restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
"Esse grupo está empenhado em fazer com que a mudança de hábito do consumidor vire uma realidade", garantiu Bicca.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considera a proposta interessante, mas se preocupa com a inclusão dos pequenos e médios empresários do setor e com a regionalização do País que demanda soluções diferenciadas para cada localidade.
"Precisamos focar nessa nova classe média que está consumindo cada vez mais e ter uma visão regionalizada de cada segmento do setor de embalagens para buscar resultados compatíveis com a realidade de cada estado e município", reforça a ministra.
Alumínio - A reciclagem das latas de alumínio para bebidas movimentou R$ 1,3 bilhão na economia nacional em 2009, conforme dados do Cempre. Só a etapa de coleta (a compra das latas usadas) injetou R$ 382 milhões, o equivalente à geração de emprego e renda para 216 mil pessoas.
É um caso em que o fabricante nem tem a chance de coletá-la e destiná-la à reciclagem, já que é um material valioso e as cooperativas se encarregam eficientemente delas, recebendo, em média, de R$ 3,2 por quilo, o equivalente a 75 latinhas (Cempre-dez/2010).
O que acontece com as latas de alumínio justificaria a proposta do setor de vincular a meta de logística reversa de embalagens à reciclagem, pois, por mais que a indústria não esteja recebendo o produto de volta, a destinação adequada efetiva está acontecendo, já que 98,2% das latas de alumínio foram recicladas em 2009, assegura a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), superando países industrializados, como Estados Unidos (57,4%), Argentina (92%) e Japão (93,4%).
A reciclagem do alumínio tem números expressivos e tem potencial ainda maior, considerando as 350 milhões de unidades de desodorante aerosol que são fabricadas anualmente e utilizam o mesmo material. De acordo com a associação da indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, esse mercado cresce, em média, 20% ao ano e a estimativa para 2011 é a produção de 420 milhões de unidades que precisam somar ao lucrativo negócio da reciclagem.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Reciclanip_O ciclo sustentável do Pneu

Reciclagem de Madeira


Reciclagem madeira
A reciclagem de madeira consumida é apresentado como uma das áreas mais vitais para a preservação de mais e melhores condições de vida no planeta. Nesse sentido, um fato que deve se ter em mente é que o Brasil é auto-suficiente neste produto, para reciclagem e utilização torna-se um importante fator para o declínio da exploração madeireira de florestas. Assim, a madeira recuperada pode ser reutilizado, após o processo de trituração em painéis de partículas, mais uma vez, os fornecimentos. Uma vez que tanto a placa de partícula como a fibra derivada da madeira como uma consequência directa da sua participação total.
Outra opção é a reutilização para produzir composto com a madeira em si. É uma mistura de material orgânico decomposto e transformado em fertilizante rico para o natural da terra, como lascas de madeira e serragem são materiais ricos em carbono, que é ideal para produzir composto.
Você também pode usar a madeira como fonte de energia recolha controlada e limpa. Atualmente, existem alguns projectos que estimulem a aglomeração de resíduos de biomassa para criar ou iniciar um processo de cogeração de energia em determinadas fontes industriais.
Em casa também é possível realizar a reciclagem de madeira, com a fabricação de objetos como caixas ou brinquedos para móveis antigos. Mas talvez a melhor fórmula é restaurar os móveis abandonados ou que se destinem a disparar, com foco em uma reforma que permite estender a sua vida por meio do tratamento adequado.
Você também pode usar a madeira para ser descartado como combustível em fornos a lenha são a maneira mais limpa de queima de madeira. Portanto, antes de dumping ou de lenha em uma fogueira é conveniente pensar em uma empresa, loja ou escola que você pode fazer melhor.
Consumo e de recursos renováveis
Podemos salvar grandes quantidades de recursos naturais não renováveis, quando os processos de produção utilizando materiais reciclados. E os recursos renováveis, tais como árvores, também podem ser salvos. O uso de produtos reciclados, reduz o consumo de energia. Se você utilizar menos combustíveis fósseis que geram menos CO2 e, portanto, há menos chuva ácida e reduzir o efeito estufa.
Finalmente, alguns fatos a considerar referindo-se a madeira ocorre em países industrializados, 10% dos detritos. Em alguns países existe uma proibição da deposição em aterro barracão de madeira, faça-o lá diretamente, a palha do aglomerado, e materiais para construir estradas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Reciclar para preservar


O descarte incorreto do lixo é um problema que afeta diariamente a população. São litros e litros de água contaminados, entupimento de tubulações, contaminação do lençol freático, e consequentemente, enormes danos ao meio ambiente.
Um exemplo disso é o óleo de cozinha, que apesar de ser muito utilizado, quase nunca é tratado de forma correta. Segundo uma reportagem publicada no site EcoAgência, atualmente, apenas 5% do óleo sujo é reaproveitado. Porém, o que muitos não sabem é que um litro desse tipo de óleo, que não possui o descarte  adequado, contamina cerca de um milhão de litros de água.
O óleo de cozinha, se não tratado corretamente, ao chegar nos rios e mananciais,  impede a passagem de luz solar, e com isso impede a oxigenação das plantas aquáticas, afetando todo o seu ecossistema. Isso sem levar em consideração que em uma rede de coleta de esgoto, por exemplo, ele adere a outras substâncias, diminuindo a vazão das tubulações e provocando seu entupimento. Os danos causados podem ser irreversíveis.
Mas, pequenos atos de sustentabilidade podem mudar esse quadro, e ainda gerar matéria prima para indústrias de sabonete, detergentes, ração animal, biodiesel e graxas.
Para tanto, projetos foram desenvolvidos e o número de postos de coleta vêm aumentando cada vez mais. Um deles é o do supermercado Pão de Açúcar que, em conjunto com a Unilever, já garantiu a destinação adequada para mais de 20 mil litros de óleo desde o início do programa, em 2008. “Se levarmos em conta a quantidade de pessoas que tem na cidade, nós recebemos muito pouco desse produto. A população deveria ser mais incentivada”, diz Ademar Santana dos Santos, responsável pela coleta do óleo de cozinha no Pão de Açúcar.
De acordo com Sidney Cândido, supervisor da área de reciclagem do Pão de Açúcar, todo o óleo recolhido é doado para cooperativas. “O produto vai para indústrias específicas, como a Bioverde, por exemplo. Ele é transformado em biocombustível e é muito utilizado em caldeiras de indústria”. E completa “a unidade da avenida Ricardo Jafet , em São Paulo, é a que mais recebe doações. Recebemos em média 100 litros de óleo por mês”.
Em outros estados, como o Rio de Janeiro, foi criado o Disque Óleo, que coleta o produto no próprio estabelecimento ou na residência em garrafas PET ou galões, recicla, e depois vende para as indústrias.
O processo funciona da seguinte forma: primeiramente, o óleo recolhido é despejado no reservatório de filtragem, passando por um sistema de peneiras onde são retirados os principais resíduos. Em seguida, ele é colocado em um tanque de decantação. Enfim, armazena-se o produto em tanques, e esses são vendidos para as indústrias. Já o sabão usado diariamente nas residências, pode ser feito pela própria pessoa, de uma maneira bem simples, utilizando apenas amaciante e soda cáustica.
A reciclagem do óleo de cozinha gera benefícios para o meio ambiente e consequentemente para o ser humano, por isso é importante que cada um faça sua parte, contribuindo assim, para a sustentabilidade possível de se realizar. Desta forma, o que se espera para o mundo atual são compromissos, não apenas com a produção e a difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico, participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da sociedade moderna.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Asfalto ecologicamente correto


Brasil descarta anualmente mais de 30 milhões de pneus velhos em lixões, depósitos, quintais de casas e outros lugares improvisados, como beiras de rios e matas. Uma solução simples, mas eficiente, aplicada pelo Consórcio Univias pode mudar completamente essa realidade: transformar a borracha dos pneus em asfalto. A tecnologia existe no Estados Unidos, na Europa e na África do Sul desde 1960, mas chegou ao Brasil em 2001. O chamado asfalto-borracha utiliza em sua composição a borracha de pneus sem condições de rodagem. O primeiro quilômetro testado usou 750 pneus de carro e provou que essa é uma alternativa não somente mais econômica para a Univias, responsável pela concessão de 992 quilômetros de estradas no Rio Grande do Sul, mas um ganho de valor incomensurável para o meio ambiente.
“Se 10% das estradas pavimentadas do Brasil fossem recuperadas com a borracha de pneu, mais de 16 milhões deles teriam destino certo”, diz o engenheiro Paulo Ruwer, coordenador do projeto da Univias. Sem falar na economia de 120 mil toneladas do asfalto propriamente dito, o derivado do petróleo usado para pavimentação de estradas. O grande problema dos pneus é que a sua principal matéria-prima, a borracha vulcanizada, não se degrada facilmente no meio ambiente: são necessários de 300 a 400 anos para que se decomponha. Se queimado a céu aberto, o pneu é altamente poluente, pois libera dióxido de carbono e enxofre. Pneus ao relento também são prejudiciais para a saúde pública, uma vez que acumulam água e, conseqüentemente, tornam-se lugar perfeito para a proliferação do mosquito da dengue.
Para composição do asfalto-borracha, os técnicos usam o pneu triturado bem fino. O pó de borracha é, então, misturado ao asfalto e, depois, são acrescentadas britas. Está pronto o asfalto ecológico, como o material ficou conhecido. A receita pode parecer simples, mas não havia no mercado do Rio Grande do Sul quem trabalhasse com a trituração da borracha de pneu, tampouco quem, em seu processo produtivo, adicionasse o pó de borracha no asfalto. Foi preciso que empresas que trabalham com a fabricação de asfalto, como a Greco, e com a trituração de derivados de borracha, como a Microsul, deixassem de lado sua produção padrão por alguns dias para trabalhar com a borracha de pneu, um material completamente novo para elas. “Investi para provar que esse mercado pode e deve existir”, diz Daniel Puffal, dono da Microsul.
A parceria culminou na aplicação do asfalto borracha no trecho de 1 quilômetro da BR-116, em 2001, e foi o teste final para o novo produto. Desde então, a Univias já restaurou 17 quilômetros e se prepara para expandir o projeto.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Seminário Internacional sobre Gestão de Resíduos Eletroeletrônicos no Nordeste



 

O fato de o Brasil ser esse ano a sede da reunião do Comitê Técnico da IEC responsável por elaborar as normas ambientais internacionais para os produtos eletroeletrônicos (IEC-TC 111), garante a presença no País de cerca de uma centena de especialistas em tecnologias para a sustentabilidade no setor eletroeletrônico, de mais de quarenta países.
Essa reunião, que ocorre pela primeira vez na América Latina, proporciona aos especialistas nacionais a oportunidade de debater com especialistas de outros países os aspectos da gestão dos resíduos eletroeletrônicos, além de conhecer os erros e acertos de outros países na implantação de suas legislações relacionadas com o tema. 
Visando aproveitar essa rara oportunidade, que coincide com o momento em que os esforços dos diferentes atores nacionais estão focados na criação da infraestrutura necessária para viabilizar os objetivos da PNRS, o SI-GREEN tem como objetivo reunir os especialistas internacionais que atuam no IEC-TC 111 e representantes brasileiros de empresas, academia, governo e terceiro setor, interessados na temática de gestão de resíduos de produtos eletroeletrônicos.
A programação do Evento inclui palestras de especialistas nacionais e estrangeiros sobre as tecnologias para a sustentabilidade industrial, bem como autoridades governamentais, versando sobre possibilidades de fomento para produtos ambientalmente corretos, envolvendo os seguintes tópicos:
   • Legislação ambiental para produtos eletroeletrônicos;
   • Sistemas de certificação ambiental para produtos eletroeletrônicos;
   • Experiências sobre logística reversa de eletroeletrônicos;
   • Ações de fomento governamental para a sustentabilidade industrial

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