Frente Parlamentar Estadual da Coleta Seletiva
Coordenação: Deputado João Antonio (PT)
Assembléia Legislativa de São Paulo

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Reciclar para preservar


O descarte incorreto do lixo é um problema que afeta diariamente a população. São litros e litros de água contaminados, entupimento de tubulações, contaminação do lençol freático, e consequentemente, enormes danos ao meio ambiente.
Um exemplo disso é o óleo de cozinha, que apesar de ser muito utilizado, quase nunca é tratado de forma correta. Segundo uma reportagem publicada no site EcoAgência, atualmente, apenas 5% do óleo sujo é reaproveitado. Porém, o que muitos não sabem é que um litro desse tipo de óleo, que não possui o descarte  adequado, contamina cerca de um milhão de litros de água.
O óleo de cozinha, se não tratado corretamente, ao chegar nos rios e mananciais,  impede a passagem de luz solar, e com isso impede a oxigenação das plantas aquáticas, afetando todo o seu ecossistema. Isso sem levar em consideração que em uma rede de coleta de esgoto, por exemplo, ele adere a outras substâncias, diminuindo a vazão das tubulações e provocando seu entupimento. Os danos causados podem ser irreversíveis.
Mas, pequenos atos de sustentabilidade podem mudar esse quadro, e ainda gerar matéria prima para indústrias de sabonete, detergentes, ração animal, biodiesel e graxas.
Para tanto, projetos foram desenvolvidos e o número de postos de coleta vêm aumentando cada vez mais. Um deles é o do supermercado Pão de Açúcar que, em conjunto com a Unilever, já garantiu a destinação adequada para mais de 20 mil litros de óleo desde o início do programa, em 2008. “Se levarmos em conta a quantidade de pessoas que tem na cidade, nós recebemos muito pouco desse produto. A população deveria ser mais incentivada”, diz Ademar Santana dos Santos, responsável pela coleta do óleo de cozinha no Pão de Açúcar.
De acordo com Sidney Cândido, supervisor da área de reciclagem do Pão de Açúcar, todo o óleo recolhido é doado para cooperativas. “O produto vai para indústrias específicas, como a Bioverde, por exemplo. Ele é transformado em biocombustível e é muito utilizado em caldeiras de indústria”. E completa “a unidade da avenida Ricardo Jafet , em São Paulo, é a que mais recebe doações. Recebemos em média 100 litros de óleo por mês”.
Em outros estados, como o Rio de Janeiro, foi criado o Disque Óleo, que coleta o produto no próprio estabelecimento ou na residência em garrafas PET ou galões, recicla, e depois vende para as indústrias.
O processo funciona da seguinte forma: primeiramente, o óleo recolhido é despejado no reservatório de filtragem, passando por um sistema de peneiras onde são retirados os principais resíduos. Em seguida, ele é colocado em um tanque de decantação. Enfim, armazena-se o produto em tanques, e esses são vendidos para as indústrias. Já o sabão usado diariamente nas residências, pode ser feito pela própria pessoa, de uma maneira bem simples, utilizando apenas amaciante e soda cáustica.
A reciclagem do óleo de cozinha gera benefícios para o meio ambiente e consequentemente para o ser humano, por isso é importante que cada um faça sua parte, contribuindo assim, para a sustentabilidade possível de se realizar. Desta forma, o que se espera para o mundo atual são compromissos, não apenas com a produção e a difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico, participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da sociedade moderna.

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